17 de set. de 2011

Poesia Concreta


    Eu,
      na quina
      desse abismo,
      sujo e contínuo,
      contemplo a beira.
      Tudo que vejo é você.
      Tudo que penso é você.
      Tudo que você se tornou.
      É esse inalterável abismo.
      Agora tudo que vejo é chão.
      Aquele chão sólido e infinito.
      E quanto mais ele se aproxima,
      ele é tudo que quero, e nada mais.
Eu, no fundo sou abismo do abismo.

*.log - home
*.mp3 - own recordings
*.txt - none
*.iso - none
*.dvd - none

Nenhum comentário: