12 de ago. de 2011

O peso das coisas que não me mudam



As coisas continuam acontecendo fora deste quarto.
Fora deste quarto de século que eu tenho vivido.
As coisas continuam sequer acontecendo fora dessa partida.
Essa partida que não começa nem divide.
As coisas continuam jamais fazendo diferença.
O prazer vem.

Só me passa pela cabeça perguntar ou pedir.
Casual, a três, a mais.
Todos.
Do bom, do ruim.

Qual o peso das coisas que não me mudam?
Ninguém sabe o que eu sinto,
mas eu não sei o que ninguém sente.
É preciso respeitar as diferenças,
mas o direito de um não é o dever do outro.
É obrigatório dar condições de saciar as vontades
ou apenas contê-las basta?

A morte não é desculpa pra dor.
A inveja é.
O amor não é desculpa pra dor.

Se sinto o peso das coisas que não me mudam,
é porquê elas me mudam.
E se sinto peso de tudo,
então tudo me muda,
tudo me importa.

Eu não ligo pra nada
pois tudo me afeta da mesma forma.
(E não é uma forma mínima.)

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Um comentário:

Anônimo disse...

é