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1 de jun. de 2012

.?1


Viver para ser o personagem coadjuvante numa história que ninguém vai se dar ao trabalho de contar.

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*.mp3 - Philip Glass - Why Does Someone Have To Die
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*.dvd - House MD - 8th Season

29 de mar. de 2012

O Que É Um Ano?


O que é um ano pra quem aguentou um dia?
O que é um ano pra quem aguentou uma semana?
O que é um ano?
Pra quem tem vivido assim por meses que são décadas?

Um ano não é nada quando os dias são infinitos.

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*.mp3 - Supersimetria - Hoje É Sempre
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21 de mar. de 2012

The War Is Over


And you are in the loser side.
Bombs are falling on our heads
But they don't explode,
they just scatter our hearts

in a thousand million
little
pieces.

Terminado às 06:36 pm do dia 18/04/2008

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*.mp3 - David Bowie - Warszawa
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20 de mar. de 2012

Hammer


You never liked anyone, anyway.
And when you tell me that i'm immature,
well then, how can I get someone my own age?

You think it's easy,
and I have no doubts, for you, it is.
well then, try to look through my eyes.

Well then, try to have the love of your life killed
before you could enjoy it.
Try to be incapable of feeling hapiness.
Try to have this vortex of black thoughts,
everyday, everyhour, about everything.

You say "it would be better to you if you'd stayed alone"
I've got some news to you:
I am. As always.
I'm trying to stay with my head out of the wall,
but you, hammer, keep pushing me.

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*.mp3 - Os Paralamas do Sucesso - Viernes 3 AM
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23 de fev. de 2012

Stoppd


Na casa onde o tempo parou, no dia em que você saiu de lá para nunca mais voltar.
Há o seu sorvete no freezer. Virou uma massa que nem Chinaski comeria.
Há um pacote de Oreo pela metade no armário, devidamente coberto de teias de aranha.
Há uma garrafa de vinho pela metade, na geladeira. Se vinho bom é vinho envelhecido, este é o melhor do mundo.
Há crises de choro.
Há textos. Sobre mim. Sobre Joni.

Há você lá. Por todos os lados. Só falta seu corpo.

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*.mp3 - Pato Fu - Canção Pra Você Viver Mais
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15 de fev. de 2012

heimskur


Por algum motivo masoquista, me veio a cabeça aquela sessão de cinema que fomos. O homem que virou suco. Naquele cinema pequeno, que depois de alguns meses faliu. Lá, naquele dia, eu conheci a sua moto. E te falei de como você iria cair dela algum dia. E logo após essa memória, que me veio enquanto eu sentia com os dedos os machucados na minha cabeça (causados pela tintura), me veio a imaginação. Sua última palavra. "Porra"? "Merda"? Ou, nem isso. Um simples "Ai". E a imaginação, mais uma vez, me vem dizer o que poderia ter acontecido.

- C.! Onde você tá?
- Tô no hospital, sofri um acidente.
- Tá bem?
- Tô, tô, quebrei a perna e uns dedos da mão, mas vou sobreviver.

E a realidade me bate na cara. Nem tetraplégica ela ficou. Nem em coma. Nem um vegetal pra eu falar oi. Nem um corpo. E minha avó se espantou quando eu disse que fui ao cemitério visita-la. "Você acredita nessas coisas?" ela me disse. Nunca acreditei. Mas preciso. Preciso me agarrar a algo inexistente pra manter a minha existência.

Malditas imaginação e realidade que não se entendem.

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*.iso - The Blackwell Unbound
*.dvd - Fringe - The Complete 3rd Season

11 de fev. de 2012

Na Falta De Outro, Seja Um


Às vezes dá uma vontade horrível de escrever, mas as idéias não chegam.
Aí eu penso em alguma história,
e tento lembrar detalhes da minha vida.
E eu esqueci. Tantas coisas aconteceram, e eu só sei o resumo.

Já tentei escrever sobre meu passado, e cada vez que leio, noto quanto falta. Quantas coisas já saíram da minha memória. E aquela que deveria ter saído há tempos, não sai.

Às vezes, me pego pensando: "E se eu nunca tivesse a conhecido?" ou "E se ela tivesse chegado em casa, aquele dia?". E se qualquer coisa diferente fosse verdade? Essas possibilidades me assustam. Me incomodam. Profundamente. Fico paranóico. Paranóico de verdade. Analisando milhões de possibilidades, tentando dividir a culpa com o mundo. Tentando achar onde eu deveria ter feito diferente, e o que aconteceria se, de fato, eu tivesse feito qualquer coisa diferente. Qualquer coisa. E acabo indo por um caminho mentalmente opressivo. O que faço agora, neste exato momento, está mudando meu futuro. O que eu faço agora, neste exato momento, dá mais vida à uma ou mais pessoas e menos a outra. E eu? Me incluo em qual? O que me parece é: a cada noite dessas, acordado, lembrando dela, é um dia que me aproximo mais de morrer.

Morrer é fácil. Métodos são fáceis. Mas alguma coisa em mim me segura. A saudade de me sentir bem, talvez. A esperança estúpida de algum dia eu encontrar uma moça que supere o que a C. foi pra mim. A esperança FALSA e ESTÚPIDA.

Tento negar o óbvio para evitar o inevitável: "Não existe outra, Elísio, pode se matar."

- Lembra que você desejou a morte de alguém que você amasse, para justificar a tristeza? Para as pessoas sentirem dó de você?
- Não era pra ser ela.
- Quem mais você amou?
- Não era pra ser ela.
- Era pra ser quem?
- Qualquer outra ex. Alguém que fosse sumir da minha vida de qualquer forma, como fizeram. Não era pra ser minha melhor amiga. Meu maior e único amor.
- Até agora.
- Duvido.
- Não duvide.
- Não me venha com frases otimistas. Não me subestime.
- Não exija tanto das pessoas. Ela era incrível, você nunca vai achar ninguém igual, então diminua seus ideais.
- Jamais.
- Não seja teimoso.
- Por que devo negar o que acho certo? Por que devo querer algo abaixo do perfeito? Eu mereço. Principalmente agora.
- A vida não tem esse tipo de justiça. Não basta merecer, Elísio.
- O que mais você quer que eu faça?
- Corra atrás, ora!
- "Corra atrás, ora" é o meu caralho. Quando fui correr atrás da C., você viu o que aconteceu. Ela morreu indo me ver. ELA MORREU INDO PRA PORRA DA MINHA CASA.
- Calma mano.
- ... [começa a chorar]
- Não chora Elísio. Não chora.
- Vai se foder.
- As coisas vão dar certo. Você vai ver. A vida tem ondas de sorte e azar. Considere a morte da C. como o ápice da sua onda de azar. Considere que nunca mais algo vai te deixar tão mal. Não posso dizer que daqui pra frente vai ser só alegria, mas, olha só, o pior dia da sua vida já passou. Lembra que você dizia pra você mesmo "Calma, amanhã vai ser pior"?
- Hm.
- Então. Não vai mais. Nunca mais.
- Mas as coisas não melhoram. As coisas não melhoram. Não é questão de onda passar, nem ápice. Estou nessa constante desde o dia que ela se foi. Não vou mentir e dizer que não melhorou nem um pouco, mas foi nada comparado à como eu estava antes. Antes dela morrer, eu estava contemplando suicídio, como em toda minha vida. E agora? O que me resta? Eu não estava dramatizando, cara. Eu estava realmente vazio. Realmente sem propósito. E agora? Heim? Você entendeu? Eu já estava mal. Eu já estava mal pra caralho. Fui falar com ela por que ela me ajudava. Não ajudava necessariamente, mas me entendia. E tinha praticamente a mesma vida que eu. Acordada a noite, vagabunda, poeta fajuta. Me sinto ridículo toda vez que chego a essa conclusão, mas ela era minha alma gêmea cara... [a última silaba quase não saí. explode um choro infantil, com soluços e nariz escorrendo]
- Elísio...
- E-e-eu se-sei que sou paté.. [assoa o nariz] ..patético...
- Não é... Considerando o que você tem passado...
- E tem essa moça que me ajuda. Me dá uns momentos de alegria... eu tento me agarrar a ela, mas basta ela não estar perto pra eu voltar pra merda...
- Eu sei dela.
- Ela ajuda de perto, mas de longe fica indiferente...
- Que merda isso. Você devia se afastar dela.
- Não posso.
- Por que não? Ela não merece sua canalhice.
- Canalhice??? É o mínimo que eu mereço. Um pouco de alegria.
- Mas qual o preço?
- Não sei cara. Deixa eu ser inconsequente um pouco. Como a C. seria.
- Não pode Elísio... Você vai magoar alguém assim...
- Eu não sou responsável pelos outros.
- Fala isso pra culpa que vai sentir depois.
- Não vou sentir culpa por que não estou contando nenhuma mentira. Está tudo às claras.
- Menos mal. Mas mesmo assim. Você não deveria...
- Não deveria o caralho. Foda-se. Se me faz um pouco bem, eu faço. Deixa alguma coisa na minha vida ser boa.
- E se acabar?
- Se? [riso sarcástico] Quando acabar, eu executo meu plano.
- Não vai usar isso como ameaça pra prolongar as coisas não né?
- Pelo contrário.
- Ela sabe das suas intenções?
- Sabe.
- Hm. Não vai deixar ela se sentindo culpada?
- Todo mundo que me conhece vai se sentir culpado. Mas isso não é por causa de eu ter me matado. Veja com a C., por exemplo. Ela morreu num acidente. A minha lógica diz que apenas eu fui o culpado. Quer dizer, em grande parte. Por ter falado a ela que poderia ir pra casa. Mas o padrasto dela também se sentiu. E os amigos. E a mãe. Deus, até o gato dela.
- Não entendi.
- Em resumo: para mortes trágicas, como acidentes e suicídios, é comum as pessoas que ficam se sentirem culpadas. Pra acabar com essa culpa, só se eu pegar uma doença crônica ou morrer de velho. Ou matar todo mundo comigo!
- Ridículo.
- É.
- Esse texto já tá ficando grande demais. Assim espanta as pessoas.
- Foda-se.
- Chega.

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*.mp3 - Beethoven - Piano Sonata No. 14, Op. 27: I. Quasi Una Fantasia
*.txt - J.M. Wisnik - O Som E O Sentido
*.iso - The Blackwell Legacy
*.dvd - 'night Mother

8 de jan. de 2012

Lucky Man


Depois do filme eu vi com ela, enquanto a gente se esmagava na cama de solteiro que tem no meu quarto, eu resolvi falar.
- Tenho uma coisa indecente pra te falar.
- Fala.
Me aproximo do ouvido dela.
- Eu te amo.
Ela abre aquele sorriso encabulado dela e diz:
- ...
- Ainda não acabei.
- Que mais?
Me aproximo do ouvido dela de novo.
- Eu te amo.
A gente fica naquela tensão pré-beijo que não devia acontecer.

E isso é tudo que eu tinha pra dizer a ela se pudesse dizer mais alguma coisa a ela.

Me imaginei dizendo isso em tantas entonações, em tantas situações. E quando ela me disse que efetivamente estava indo, eu senti algo estranho. Um incomodo. E me pareceu que todas minhas intenções, de alguma maneira, não iam dar certo. Achei que era por, mais uma vez, eu estar moldando sentimentos à situações. Depois notei que por toda minha vida, moldei minha paixão por ela em outras pessoas. E que os sentimentos que eu, com um fundo de realidade, forjava, eram baseados no sentimento real sobre ela, que eu tinha enterrado. E que todas aquelas garotas que tinham alguma coisa pra me despertar essa vontade de forjar, tinham essa alguma coisa derivada dela.
É como se eu tivesse um livro favorito e ficasse negando esse favoritismo enquanto afirmava minha preferência sobre todos aqueles a quem aquele livro influenciava. É como odiar o ódio.

Me tornei cético de você. E, dizem, eu não deveria ter sido tão cético. Esse ceticismo, que eu tinha abandonado nos dois últimos dias antes de você ir ao meu encontro, voltou quando você disse estar indo. Mas por que ele voltou exatamente nesse dia?

Por algum motivo, eu soube que não ia te ver naquele dia. Mesmo você dizendo "estou saindo daqui agora". Por algum mistério, eu soube que não ia te ver. Por isso, nem respondi. Achei que era a desconfiança que sempre tive de você.

Mas por que, exatamente nesse dia? Pra'quela frase? "Até daqui a pouco".
Por que, justamente essa frase, eu não acreditei? Justamente essa 'promessa' que não se cumpriu?

Não sei se até agora estaríamos juntos. Não sei se o nosso amor tão poético e tão velho, já teria sido morto pela rotina, mas, mesmo no pior dos casos, seria tão melhor. Mesmo que a gente tivesse brigado feio, e eu passasse a te odiar (de novo), ia ser tão melhor. E eu nem saberia o inferno que teria evitado. Da mesma forma, não tenho idéia de quantos infernos piores que o meu existem. Quantos outros infernos eu já evitei enquanto reclamava das minahs dificuldades?

Dificuldade é o caralho. O meu problema é perder as coisas boas por ficar chorando as coisas ruins.

Estou tentando aproveitar as coisas boas, mas você me persegue. Você ainda é a garota dos meus sonhos e qualquer moça com quem eu for ter alguma coisa vai ter que ter algo de você. Quem sabe eu tenho sorte e acho outra de você.

Aí eu lembro de como eu sou sortudo.

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12 de dez. de 2011

Copo Inexistente


Os olhos, ah, os olhos,
continuam me enganando,
me mostrando os estragos
dos possíveis futuros.

Meu espaço não físico
produz limites gigantes
e eu não participo de mim,
independo da vida.

Mude sua letra
pois o que eu sabia
agora é nada.

Apesar da sua visão cinza,
não me pergunte sobre o copo,
não há mais copo.

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17 de nov. de 2011

Gêmeos Com Mesmo Nome


Sonhei com uma irmã gêmea.
E, mesmo durante os ótimos momentos que passamos,
eu ficava desconfiado.
"Ela não tinha irmã gêmea."

Ao fim, alguém me ligava do hospital.
E eu, assutado.
E era ela, passando um trote.

Ela não tinha irmã gêmea.

Sinto dor pelo sonho.
Sinto dor por ela.
Hoje vai ser um dia comprido.

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*.mp3 - The Smiths - The Queen Is Dead
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*.iso - Skyrim
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1 de nov. de 2011

Seria Tão Melhor Se Eu Tivesse Pisado Nos Espaços Brancos


Há notícias que ouço e penso como seria se eu estivesse presente pra tentar cuidar de você. Então me lembro, dificilmente você aceitaria minha ajuda, assim, sem achar que precisa.

Ainda sonho em te ver e continuo achando que você era a pessoa certa pra mim. É ridículo pensar isso. Considerando tudo o que penso sobre a vida de forma geral, é ridículo achar que há um casal que se completa e somente um. Então me lembro, quantos casais você deixou incompletos?

Nunca desejei tanto para que algo acontecesse, e nunca me senti tão incapaz de fazer esse algo acontecer. Se lembra quando eu disse que a gente ainda ia ter o nosso tempo? Então. Naquela época, eu sabia que você ia crescer e que, talvez, eu te despertasse algo. E de fato, parece que eu despertei alguns anos depois. Era pra ter sido o nosso tempo, mas eu me neguei. Achei que você não merecia ou que queria jogar comigo de novo. Essa desconfiança eu nunca deixei de ter até falar com a sua mãe e com os seus amigos. Mas aí era tarde. Nosso tempo, que estava prestes a começar, acabou. Então eu me lembro de como tudo que eu realmente desejei nessa vida eu consegui. E de como, apesar de me sentir um incapaz muitas vezes, sempre houveram coisas que eu SABIA que era totalmente plausíveis e que bastava eu investir algum tempo e esforço para conseguir. De fato. Foi assim com você. Foi assim com a faculdade que faço. Foi assim com os empregos que consegui. Tudo que eu realmente quis, eu consegui. É um problema. Fiquei mimado, achando que o universo sempre me dá o que eu quero. Lei da Atração, dizem. Mas, ora, acho que ela não funciona dessa vez.

A morte, intransponível. A morte. Tão forte. Tão bruta. Tão aleatória. E eu não posso fazer nada quanto a ela. Só desejo. Só desejo você de volta. É idiota pensar em "ir atrás" de você. Não tenho idéia do que acontece.

A falta que você faz, agora, eu nunca senti por nada. Para todas as faltas que eu senti na vida, eu consegui preencher com algo. Com milhões de passos até reverter a situação, com textos, com músicas, com livros, com jogos, apenas para não ver o tempo passando enquanto os resultados não chegavam.

Mas e agora? Nenhum tempo é suficiente pra você chegar aqui. O tempo, que agora passa mais lento. O tempo, que ainda tenho tanto.

Você morreu, e eu ganhei 30 anos de vida.
Você morreu, e os meses passam como anos.

Há muito pra tão pouco de mim. São míseros 25 anos, dos quais apenas uns 10 com lucidez suficiente pra notar as coisas. E desses 10, 9 você esteve em algum lugar da minha cabeça, sendo citada inconscientemente em textos, sendo procurada inconscientemente em outras mulheres, sendo evitada como uma criança evita pisar nos espaços brancos das calçadas (sem a menor razão pra evitar, mas evitando mesmo assim).

Eu nunca seria feliz com você, mas eu tinha que tentar.

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2 de out. de 2011

Maybe It Did


there's a strange kind of guilt corroding me
it comes from the heart, not from the brain.
i never felt this for a friend.
i really never cared for people this much.
guess i never had a real reciprocous friendship,
not that people don't like me,
it's the opposite.

it's not like i'm that guy that everybody hates,
in fact, i'm a very easy guy.
in fact,
i can't name many people who really have things against me,
the people who do is the people who i fucked around so much,
with my sarcasm and my confusion and my ever-changing histories.
people usually enjoy my presence.
with my jokes and my attitude of "i'll always be there for you"
i just can't enjoy back.
if someone needs me during hard times, i'll give a hand.
always. for anyone.
but i can't enjoy people.
i can't enjoy good feelings.

anyway, back to the main subject.
i tried not to say too much about my feelings,
i know that there's a huge possibility that i'm over reacting,
so i can't say to her "you're my second muse in 10 years of writing"
and it's not "i can't" like "i can't give you money because i have so little",
it's "i can't" like "i can't kill a dog. or a fur seal."

i remember one time when i wrote "there's only one love biggest than the first: the last"
so. i can't tell if she is really my second muse in 10 years of writing.
maybe i just put all my love for the dead one on her, just like i always did.
maybe i just try to paint a picture of me to her and other to you.
i can't know.
i fell like it is. i'm sure i fell like it is.
but i don't know if it will fade.
so, for all effects, i paint the "she's just another muse" picture.
for you, i paint the "what i'm felling today" picture.

it's terrible.
fells like i'm making up all this.
it's terrible.
since i can hurt more people.
i don't want to hurt anyone again,
but to do that properly, i should stay away.
i can't help, there's a manipulative bitch inside of my head.
i can't see what i'm doing, 'till it's done.
i can't see the flaws in the project 'till it all fall in my head.

i can't tell right now if this is just me manipulating again.
would you'd recognize if i was? i wouldn't..
i'm not one to be trusted.

you see. in this very text, you can see how i change my mind.
in just five minutes.
wish i had just one mind.
wish i had just one opinion about things.
wish i had jesus in my heart.

i'm a terrible person.
such a terrible person.
i'm a jerk.

if you don't have a better solution,
i hate to say,
but i gotta get away from you.
i can't stand messing things.
you don't deserve this,
and i won't know how to handle the guilt that'll sure come after.

maybe it all didn't affect you so much as it affected me.

i'm lost.
i've been trough ten years of shit.
"See, the luck I've had/Can make a good man/Turn bad"
i think it did.

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*.mp3 - The Smiths - Please, Please, Please Let Me Get What I Want
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13 de set. de 2011

Fio De Terra


Não compartilhamos muito da nossa rotina.
Isso dificulta o meu trabalho.
Não há obrigações ou prazeres.
Dependo da sua vontade
ou do relaxamento da minha paranóia.
E as duas são inflexíveis.

Acabo fazendo uma trilha no seu jardim.
Estragando sua grama, até que me deixe entrar.

Uma infinidade de mesmo sufixo, infinitágico.
Letárgico, nostálgico, trágico.

"Eu estou.
Eu estou só.
Eu estou só vendo.
Eu estou só vendo abismo.
Eu abismo.
Eu.
Eu vendo abismo.
Eu só vendo abismo."

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*.mp3 - Rogério Skylab - Eu Estou Só
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8 de set. de 2011

Stalker


Sou um prato cheio para perseguidores.
Pena que não há nenhum pra mim.

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2 de set. de 2011

Deja Vu


Sempre achei que deja vu
era uma certeza de estar
onde eu deveria estar.
Se eu estiver certo,
estou no lugar errado.
Preciso do meu passado
pra estar no lugar certo.

Impulsividade leva a desvios.

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*.mp3 - Nick Drake - Time Has Told Me
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30 de ago. de 2011

It Hurts



A mãe dela me falou isso.
De um jeito que me machuca.
"Ninguém nunca vai te amar como a C. te amou"
Eu concordo.
E tenho medo de estar certo em concordar.

Você ainda vai ter a sua louca por você.
Aproveite.
A minha morreu.

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22 de ago. de 2011

.



A sinceridade continua espantando? Sinto aquela agonia da espera, (em razão diminuta, mas sinto) pois ao ser sincero, demando sinceridade, e nem todos estão dispostos a isso. Afklæðum úr hjörtum.

Mas sei, ao menos, que se falta resposta, é pela pergunta ter sido feita em momento errado. Evitam os 'não's pelo medo de ter conseqüências. Não haverão. Apenas se sim. Cada vez mais vazio em textos e em vida.

Trocar cigarros e colares por carícias. Esse tipo de atenção não deveria ser transformada em algo tão fútil. Esse tipo de atenção não deveria existir entre desconhecidos. Esse tipo de atenção, eu quero o tempo todo.

Sinto-me comum. Mas não sou. Sou prepotente. Tenho bom vocabulário e ótima visão periférica. Mas só sei iniciar conversas com gritos aleatórios.

Sinto falta do passado, e me arrependo de atitudes que não tomei. Todos fogem da minha tristeza, e não sei se prefiro fechar os olhos ou encarar a fuga.

Estou nu e estou sangrando, mas ainda vivo.

Tudo que não quero, eu sou.
Pra ter amor, basta parar de querer.

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*.mp3 - Untitled #7: Dauðalagið
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12 de ago. de 2011

O peso das coisas que não me mudam



As coisas continuam acontecendo fora deste quarto.
Fora deste quarto de século que eu tenho vivido.
As coisas continuam sequer acontecendo fora dessa partida.
Essa partida que não começa nem divide.
As coisas continuam jamais fazendo diferença.
O prazer vem.

Só me passa pela cabeça perguntar ou pedir.
Casual, a três, a mais.
Todos.
Do bom, do ruim.

Qual o peso das coisas que não me mudam?
Ninguém sabe o que eu sinto,
mas eu não sei o que ninguém sente.
É preciso respeitar as diferenças,
mas o direito de um não é o dever do outro.
É obrigatório dar condições de saciar as vontades
ou apenas contê-las basta?

A morte não é desculpa pra dor.
A inveja é.
O amor não é desculpa pra dor.

Se sinto o peso das coisas que não me mudam,
é porquê elas me mudam.
E se sinto peso de tudo,
então tudo me muda,
tudo me importa.

Eu não ligo pra nada
pois tudo me afeta da mesma forma.
(E não é uma forma mínima.)

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25 de jul. de 2011

Letter For An Unattempted Suicide #8 (Para A.)



Quase te liguei, mas não quis te acordar. Principalmente por que sei que nada que você disser vai mudar minha cabeça dura. O principal é, uma hora ou outra eu ia voltar a me sentir assim. Eu sei, a gente ia terminar um dia. O fato de ter sido mais cedo do que eu esperava não muda nada.

Com isso, quero dizer que minha depressão e minhas tendências suicidas não são culpa sua. Nem mesmo culpa da morte da C.. Hoje foi só mais um dia que eu desejei a morte. Isso é rotina pra mim. Me incomoda muito, mas é rotina.

Se eu morasse em algum lugar alto, num apartamento, já teria me matado há tempos. E se não tivesse ainda, por algum motivo, hoje eu me jogaria, ouvir aquele som de vento (o mesmo de quando você coloca a cabeça pra fora do carro numa estrada) e, por fim, morrer.

É tudo que eu mais desejo, mesmo quando estou com alguém, no fundo, o desejo está lá. A minha morte, causada por mim mesmo, é só uma questão de tempo.

Eu tento achar motivos pra esse desejo, saudade de você, saudade da C., saudade do meu pai, mas no fundo, não tenho nenhum motivo. Meu motivo é só estar de saco cheio de viver. Todo dia.

Por mais que eu encha minha cabeça com amores, o desejo está aqui.

Não tenho motivação pra fazer nada, e quando faço algo é por que me obrigo a tentar. Ainda procuro algo pra me fazer querer viver, mas não tenho nem ideia do que.

E, da mesma forma, não sei por que continuo buscando ajuda de amigos. Nada adianta, A.. Nada nada nada.

Para as pessoas com cabeça normal, cada dia que eu não morro é uma vitória. Pra mim, cada dia que eu não morro, é uma derrota. É a minha covardia diante do suicídio. Minha vontade mais pura que, todo dia, eu não consigo realizar.

Isso não é nenhuma coisa horrível, sabe? Apesar das crenças e religiões dizerem o contrário, se matar não tem nada de ofensivo. É egoísta, sim, mas só por que a nossa sociedade é baseada em sentimentos, em família e amigos e tal. Mas veja, por que eu devo continuar levando algo que me incomoda tanto, só para não causar dor nos outros? Eu devo me sacrificar para que os outros não sintam dor? Por que diabos EU tenho que suportar tanto vazio? Pelos outros? Não é feio viver pelos outros?

Queria uma resposta sua agora, mas você está dormindo. Queria conseguir sentir motivação pras coisas. Queria poder passar um dia sem precisar fingir que tá tudo bem pra quem vê de fora.

Não tenho medo de morrer. Tenho medo de sentir mais dor. Por isso, nunca cortei os pulsos. Por isso, nunca tomei água-sanitária. Por isso, nunca me joguei na frente de um ônibus. Mas, veja, qualquer sexto andar dá conta do recado. Qualquer arma de fogo dá conta do recado. Infelizmente, pra mim, não tenho acesso à essas coisas.

Sinto falta de viver, mas ora, como posso sentir falta de algo que nunca fiz?

Quero o fim. Preciso do fim. O quanto antes.

Eu sei que a C. se sentia dessa forma (já havíamos conversado sobre isso), por isso nunca a condenei por tentar se matar. Da mesma forma, não penso "coitada, foi tão cedo". O que penso sobre a morte dela, na verdade, é: "sortuda! foi primeiro que eu! e nem ficou com a fama de suicida, ainda por cima!".

Acho que essa mensagem nem merece resposta. Não há o que responder. Só precisava desabafar.

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20 de jul. de 2011

Afinal



Afinal, a coragem veio.
E o fel, veja só,
não é tão amargo
pra quem nunca provou o mel.

Uma mudança tão simples,
um botão,
que as pessoas dizem tirar responsabilidade.
Se somos responsáveis pelo que cativamos,
eu não sei.

Mas que dói a dor de quando nos entregamos
para evitar que a culpa corroa o cérebro
e não há quem te tranque a cela,
ah, isso dói.

Enquanto ignoro o máximo que sou capaz
e aproveito apenas os menores caprichos
(os mais simples e frívolos, apenas),
sei que há quem se esbalda com o que não tenho usado
(nunca pretendo usar).

O sono bate,
a saudade vem,
um rosto em nevoeiro.
Não tenho fotos,
nem memórias.
Não tenho.
Só a culpa.
Só a culpa e nada mais.

Vamos em paz?

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