Diante Da Impossibilidade Da Prática, Aceitar A Teoria
As pessoas falam do que são e do que fazem. Passado, presente ou futuro. Puras fofocas. Todos querem despejar suas auto-biografias tendenciosas. Apenas o testemunho do próprio. E acham estranho meu silêncio.
Pois quando falo de meus atos, tenho que alterá-los. São feios. Mesmo alterados, são feios. E não há interesse em quando falo de teorias. Teorias maiores que uma pessoa.
O ano vai acabar, grandes merdas. O dia acaba todo dia e minhas metas continuam distantes. Talvez por que eu não tenha nenhuma. Tudo continua paranóico e saudosista.
As músicas não me fazem mais o que me faziam, os livros, nem leio mais. Procuro o pronto. O fácil e rápido. Mas para isso, devo embelezar meu passado. Tornar-me interessante na introdução. Nunca soube resumir as coisas. Não consigo ser interessante em 30 segundos. As pessoas me apresentam, e eu faço o resto. Sempre foi assim. Com todas. Ou isso, ou estar confinado num mesmo local, sem opções para os ouvintes a não ser me ouvir.
A essa altura do campeonato, não mais.
Não mais.
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