27 de set. de 2011

chuva-martelo


Abraço a chuva,
aquela que só chove dentro.
E aquele cheiro agridoce,
de textos passados,
permanece.
Era uma árvore que nos separava.
A árvore que fazia meu ar
se tornar respirável para você.
Não vejo ilusões
e não vejo realidade,
mas não estou cego.
A cor desses dias nublados me atinge,
como um martelo.
Não consigo achar sentido,
não posso dizer que essas sinceridades sinestésicas me impulsionam.
O que me impulsiona são as reações à elas.
(pena não haverem muitas)

Sinto vontade de parar o mundo,
mas sempre que eu pedir pra parar,
peço que me pare.

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