Todos permanecem alheios a tudo. A vida continua. Mas para aqueles que amam a mesma pessoa por oito anos (no mínimo), e essa pessoa some (permanentemente), a vida perde o sentido. E para aqueles aos quais a vida já não fazia sentido, a vida se perde totalmente, levando o indivíduo para a beira do abismo. E para aqueles que já estavam na beira do abismo, esperando algo salvador, um milagre, qualquer coisa, continuem aí. O milagre não chega mais. Mas continuem aí. Não sei por quê. Mas continuem aí. _don_t_let_go_all_the_hope_is_gone_she_is_dead_and_this_is_not_a_metaphor_really_she_is_dead_and_if_you_ve_never_had_any_hope_at_all_well_there_s_nothing_to_do_
Nada a fazer, amigo.
Nada a fazer.
(21:20.05.04.2011)
Sabe, parece que todas as minhas ex-paixões tinham algo daquela que se foi. Por que, parece que tudo que eu sempre quis era aquela que se foi. E parece que a meiguisse, os poemas inocentes que contrastavam com o que ela mostrava a todos, a inconstância na cor dos cabelos, a independência, a incapacidade de ser feliz (mesmo que mantenhamos a esperança), o desejo constante do fim, o estilo, o vocabulário, enfim, tudo dela, parece que era só dela. E parece que pra eu chegar em alguém que remotamente me lembre dela, vou ter que juntar muita gente. Vou ter que fazer um frankenstein. Vou fazer. E no final, vou pegar um lápis de olho e vou fazer um pequeno ponto, abaixo do lábio inferior. Serviço completo.
Culpa, medo, inesperança, vazio, tristeza e solidão.
Parece que tenho 17 anos de novo, quando aquela que se foi quebrou meu coração pela primeira vez na minha vida. Parece que tenho 25 anos, quando aquela que se foi, se foi, e levou meu coração embora, pra ninguém nunca mais quebrar. "Só eu posso quebrar" ela diria. Ela só esqueceu de que eu não vivo sem ele. Parece. E nem sem ela.
E parece que eu realmente tenho 25 anos.
*.log - home (is where it hurts)
*.mp3 - Pink Floyd - The Great Gig In The Sky
*.txt - Junji Ito's Uzumaki
*.iso - none
*.dvd - none
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