13 de mai. de 2011

Paranóia



Ah, minha velha companheira
Que sempre aparece quando ninguém está
Você, ah, você sempre está.
No amor ou no ódio,
No vício ou no tédio.
Ah, doce amiga, sempre escondida
se mostra nos momentos mais difíceis
Me deixa inseguro

sem saber se vêm ou se vão
sem saber se é falso ou real
sem saber se gostam ou não
sem saber se açúcar ou sal
sem saber se há alguma paixão
de algum qualquer, afinal.

você, minha amiga, sempre presente.
você que vem sem eu te evocar
mesmo com teu nome em minha lente
me calo e te engulo, não ouso falar.

não sei se é molusco
não sei se é jóia
nunca te busco
mas sou só para_ó_a.

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